sábado, junho 21

As partidas e os testes da vida

Esta 6a feira tive uma "partida" bastante desagradável no meu trabalho. Resumindo, as invejas, as dores de cotovelo e as energias negativas são tantas que as minhas "queridas" colegas acabaram por se revelar. Não se pode confiar em ninguém, não se pode contar com ninguém.
 
O pior é que tenho de conviver com aquelas alminhas perdidas e sujas todo o santo dia da semana. E isso começa-me a irritar profundamente.
 
Sou daquelas pessoas que não reagem na altura, vão a reflectir sobre o assunto (qualquer que seja) para casa, e depois então sobe tudo à cabeça e ao coração. E a tristeza, revolta e raiva tomam conta de nós, e eu detesto isso. Detesto sentir-me assim.
 
Mas é impossível não nos sentirmos assim perante "pessoazinhas" tão miseráveis e vazias. Gosto da palavra "pessoazinhas", uso-a muitas vezes, acho que descreve bem o tipo de pessoas sem escrúpulos.
Sem me querer adiantar, a base da discussão foi dinheiro. E este tema revela as pessoas, já sabemos.
 
Enfim acho que toda a minha vida me tenho desiludido com as pessoas. Posso dizer que tenho muito poucos amigos, mas os que tenho são bons.
 
Os que se dizem meus amigos e acabam por se revelar pessoazinhas invejosas, não fazem falta na minha vida. E esses, geralmente, são mulheres.
 
Mas eu já estou habituada a estas partidas da vida, e a estes testes à minha paciência, e à minha capacidade de seguir em frente ainda com mais força e determinação.
 
Desde pequena, até ao fim do 9º ano, fui das mais gordas da turma. Fui vitima de bullying pelos colegas mais velhos, pois decidiram embirrar comigo por ser gorda. Nas aulas de educação física era sempre a última a ser escolhida pelos colegas. Como superei isso? Estando sempre em primeiro lugar no quadro de honra. Fui sempre a melhor aluna da turma. Agarrei-me a isso, e assim ganhei o respeito das pessoas.
 
Depois, no liceu, não sei bem porquê, fui das rejeitadas. Talvez por ser demasiado certinha, e por estar na escola para aprender e para ser alguém na vida, e não para fumar ganzas e passar os intervalos a fazer-me aos rapazes... Foram mais três anos de luta naquele liceu. Acabei no quadro de  honra. De lá não trouxe nem um amigo.
 
Na faculdade as coisas correram melhor, fui bem aceite. Nesse período de tempo entrei em anorexia mas foi devido a um desgosto amoroso que bateu forte. Que estúpida que fui! Mas enfim... Pode-se dizer que fui muito desvalorizada pela besta quadrada com quem namorei, e quando me vi sozinha fui-me a baixo de tal maneira que cheguei aos 43kg.
 
Comecei a trabalhar e a partir daí a minha vida tomou um rumo diferente quanto às pessoas. Já ninguém "faz farinha" comigo. Já ninguém abusa. E quando abusam, não dura mais que um dia pois vou para casa reflectir no que se passou e no dia seguinte transformo-me numa fera implacável.
 
É isto que vai acontecer na 2a feira, acho que ninguém está à espera.
 
Uma coisa vos garanto: nada nem ninguém se vai meter nos meus objectivos de vida. Muito menos pessoazinhas daquele gabarito.
 
Estes testes e estas partidas só me fazem mais forte.

4 comentários:

  1. Anónimo6/23/2014

    Realmente nem sempre percebemos como as pessoas são.
    No trabalho, como na vida, há gente má, de carácter duvidoso e que se fazem passar pelo que não são. E, quando menos esperamos, apanhamos com cada decepção... Há quem goste de se destacar, nem que para isso tenha que lixar os outros.

    Como dizia no início, nem sempre percebemos como as pessoas são. Acompanho o teu blogue há relativamente pouco tempo, e não imaginava o que tinhas passado em miúda, nem no liceu, nem a questão da anorexia.
    Do pouco que depreendi do que tenho vindo a ler, achava que eras uma miúda bonita, preocupada com alimentação saudável, simpática e "boa onda". És tudo isso, mas a vida tem-te ensinado (de forma dura) a defenderes-te.
    Percebo bem o que sentes, também detesto gente falsa e pequenina. E também já apanhei decepções.

    Não há nada melhor num emprego do que ter bom ambiente de trabalho, as pessoas darem-se bem, estarem "na sua". Mas há sempre uma ou outra criatura dessas, que se estão a borrifar para os outros, para o bom ambiente, que só pensam no seu umbigo e que não olham a meios para atingir os seus fins. E cada vez mais é um mundo de cão aquele em que vivemos.

    Não suporto que me pisem, faltem ao respeito ou tentem lixar.
    Já me aconteceu não ter a cabeça fria para ir para casa, digerir o assunto, e acabei por enfrentar a pessoa naquele momento. Disse-lhe se ela tivesse alguma coisa a dizer, então que me dissesse na cara. E a fulana teve a coragem de negar, quando minutos antes eu e outros colegas estávamos no gabinete ao lado e ouvimos. Mas as pessoas mal formadas são assim.
    Quando saí da empresa nem me despedi dela. Detesto cinismo. Às vezes gostava de ser mais ponderada e ignorar certas coisas, mas nem sempre sou capaz.

    De qualquer forma, tenta ter alguma calma. Há gente que não gosta de ser enfrentada e acabam por ser vingativas. Que tudo corra bem e boa sorte!

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  2. Nunca mudes, és como és e tens o teu valor. Concordo contigo, os nossos inimigos (normalmente) estão bem perto e são muito falsos, é triste quando descobrimos que trabalhamos num ninho de cobras.
    Força, mostra-lhes que não te derrubam!

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  3. O que eu me reconheci neste texto! Houve alturas que achei que estava a ler algo que eu própria escrevi. Infelizmente trabalhar com mulheres, mesquinhas e, pessoazinhas que por dinheiro e, pouco esforço fazem tudo é o piorio. Já tive uma situação desagradável quanto a isso. E, na altura eu também pessoa zen como me intitulam na altura fiquei a pensar até que instantes depois comecei a perceber que não queria ser como essas pessoas mas resolver as coisas à minha maneira e, darem-me valor por essa pessoa que sou. Porque no fundo, essas pessoazinhas têm inveja! Ergue a cabeça e, sê quem tu és, não deixes que te afectem, isso vai derrubá-las mais do que qualquer outra coisa!

    Beijinhoooos :)

    http://princesasemtiara.blogs.sapo.pt/

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    1. Muito, muito obrigada pelas palavras de força e de ânimo : )

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